Resenha: El amor es una Ilusión

Sinopse: Kim Hyesung era um alfa, ou ao menos era isso que dizia seus exames médicos, mas após ter seu primeiro cio em meio a um trabalho e ser ajudado por um alfa, a realidade é cruel em bater em sua porta; ele não era quem pensava que era, e tinha ainda mais surpresas lhe aguardando do que Hyesung poderia imaginar.

Olá Fujoshis,

Voltando com mais uma resenha de mangá, desta vez falo do meu primeiro sendo do universo omegaverse. Além das fanfics, nunca havia visto este universo sendo trabalhado e posso dizer que me encantou bastante a ideia de ler algo do tipo.

Ficha Técnica

Nome: Love is an Illusion / El amor es una Ilusión
Gênero: Yaoi, ABO, Romance, MPreg (Gravidez Masculina), Drama, Comédia
Autor: Fargo
Capítulos: +49
Classificação: +16

Antes, devo esclarecer um pouco sobre o gênero ABO, o universo Omegaverse.
Como já dá para perceber, Omegaverse é um universo alternativo animalesco onde temos humanos com genes lupinos (ou outros animais dependendo da preferência do autor). Neste universo, a diferença de homens e mulheres geralmente não são levadas em conta, sendo ambos do "mesmo sexo" por assim dizer, o que é levado em conta é que neste universo temos três tipos de status para as pessoas: alfa, beta e ômega, ou seja, ABO. Numa escala hierárquica, os Alfas são superiores, seguidos do beta e só então o ômega.
Os Alfas são retratados em maioria como os dominantes — em qualquer questão —, ao contrário dos Ômegas, que são retratados como submissos. Os Betas seriam o que podemos chamar de "humanos" neste universo, pois nele (universo) contém cio, cheiro/odor e outras características devido a fantasia de ter um gene animal, porém os Betas são em maioria "excluídos" disso.
O interessante deste universo é que o leque é muito grande e você pode trabalhar com ele da forma que achar melhor, aderindo ou excluindo algo, isso depende muito do enredo em que se escreve. Atualmente, é muito comum fanfics que quebram esteriótipos, ainda mais referente ao ABO.

Mas tratando da obra El amor es una Ilusión, encontramos algumas características tradicionais e outras que levemente quebram as tradições também.
O protagonista Kim Hyesung, por toda sua vida acreditou ser alfa graças a um exame médico que posteriormente ele descobrirá ter sido um engano. Ele trabalhava como garçom numa festa para os burgueses, sendo algumas vezes paparicado pelos mesmos, quando um mal estar o atingiu; seu cio o pegou de surpresa. Neste momento, completamente necessitado e perdendo a razão aos poucos, eis que ele é ajudado por Dojin, um dos alfas ricos que estavam na festa. A princípio, Dojin apenas planejava ajudá-lo para que ele não fosse atacado naquele lugar, mas ao levá-lo para sua casa e tentar colocá-lo para descansar em sua cama, seu corpo parece estranhamente reagir aquele ômega; apenas pelo corpo daquele ômega.

A relação deles parte por aí, mas como nem tudo é um mar de rosas, Hyesung podia ter sua natureza submissa, mas com certeza sua mente não era, tanto que não filtra suas ações ou palavras, agindo como se ainda fosse o alfa que o exame tinha lhe dito que era. Contudo, Dojin é um alfa bastante bondoso e compreensivo, tanto que entende as ações de Hyesung por ser difícil viver uma coisa e na realidade ser outra, ou seja, ele entende a dificuldade que Hyesung possa estar tendo para se aceitar.
Em meio a isso, é quase impossível para Dojin não se apaixonar pelo teimoso ômega, mas este não dá o braço a torcer, nem mesmo quando descobre que seu cio lhe rendeu mais do que prazer com o alfa, mas uma gravidez.

Vale muito a pena, apesar de a teimosia e frieza de Hyesung em certos aspectos ter me incomodado bastante — mas faz parte da trama, entendo —, é uma leitura viciante e impossível de abandonar, tanto que li os volumes disponíveis atualmente mais rápido do que achei ser possível. E, outra coisa, este é uma obra em espanhol, e apesar de não ser uma língua difícil de ser interpretada, se forem se arriscar na leitura, cuidado para não interpretar errado; algumas palavras podem ter significados que não imaginavam.

Bye Bye,

Aryce